Mar de estrelas - "estrelas do Mar".
- Tere Penhabe - Itanhaém
- 19 de fev. de 2004
- 2 min de leitura

Sou uma estrela do mar
que um dia foi do céu não estou mais a brilhar mas não é este o meu lugar.
Quando me vi ensopada lá no fundo triste e escuro sem brilhar e sem mais nada para mim foi o fim do mundo.
Do mesmo jeito que aqui os anjos vêm ajudar no fundo do mar também estão a nos amparar.
E um deles sorridente foi chegando displicente segurando minhas mãos a lenda veio contar.
Disse-me enternecido: - Sei que gostavas do céu de piscar e de brilhar mas poderá um dia voltar.
De alegria eu sorri feliz e o sorriso sempre dá jeito meu anjo, que era um aprendiz pôs-se a contar-me o meu pleito.
Você não veio do céu de livre e espontânea vontade e nem vai ficar ao léu por toda a eternidade.
O que sofreu foi um castigo que é dado a todas as estrelas que cobiçam os parceiros das estrelas companheiras.
Sei que você não é má foi apenas um descuido mas estava a desejar um amor que é proibido.
Agora tem que esperar o seu próprio amor chegar porque é a única maneira de poder ao céu voltar.
Meu rosto banhado em pranto sufocava entre as algas e um peixinho cor-de-rosa acariciava-me a alma.
Outros menos coloridos devagar se aproximavam queriam me ajudar mas nenhum pode me amar.
Por isso eu peço agora aos que estão a me ler se o seu coração é livre por favor, venha me ver.
Eu estou aqui nas pedras não mais no fundo do mar as ondas mantém-me viva mas eu vivo a chorar.
Tudo porque desejei ter alguém para me amar e agora o que eu preciso é ver esse alguém chegar.
Tenho séculos à frente mas não agüento aguardar a minha alma é transbordante de tanto amor para dar.
Posso lhe esperar?
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